terça-feira, 10 de junho de 2014
segunda-feira, 9 de junho de 2014
quinta-feira, 5 de junho de 2014
#Calarabocanuncamais no CCE
"Se o presente é de luta, o futuro nos pertence" - Che Guevara
#Calarabocanuncamais no CCE
#Calarabocanuncamais no CCE
05 mai 2014
quarta-feira, 4 de junho de 2014
sábado, 31 de maio de 2014
segunda-feira, 26 de maio de 2014
Chapa 3 DCE/UFSC . CALAR A BOCA, NUNCA MAIS! Carta Programa
CHAPA 3 DCE UFSC
2014///2015
CALAR A BOCA, NUNCA
MAIS!
CARTA PROGRAMA
Versão integral
APRESENTAÇÃO
Quem somos?
“Se o presente é de
luta, o futuro nos pertence” Che Guevara
Somos
um grupo de estudantes que vem se reunindo pra debater as mudanças que estão
ocorrendo na universidade e na sociedade, bem como o papel dos e das estudantes
e do movimento estudantil diante da situação da educação brasileira,
considerando, dentre outras coisas, a recente ampliação de vagas, as políticas
afirmativas e de assistência estudantil, que são insuficientes. Somos
estudantes de diversos cursos e queremos convidar você para construir uma
alternativa que dê voz aos estudantes e construa o movimento estudantil da
nossa Universidade, a partir da luta e das reivindicações estudantis!
“Calar a boca, nunca
mais!”
No dia 01 de abril de 2014, completaram-se 50 anos
do início de um período nefasto da nossa história, a Ditadura Militar, que
durou 21 anos, período em que o Brasil viveu o estado de exceção de direitos
políticos, quando não era possível dizer o que se pensava e nem lutar pelo que
se queria e sonhava. Meio século depois, ainda convivemos com os entulhos dessa
ditadura, como pudemos ver no recente episódio de ataque à autonomia universitária
através da invasão da PM no campus e a criminalização de estudantes. Isso tudo
sem que o Diretório Central dos Estudantes tomasse partido da situação, convocasse
CEB e adotasse respostas imediatas.
Entramos nessa eleição para o DCE da UFSC, com o espírito
democrático, participativo e contra o pensamento único, nos colocando a
disposição dos e das estudantes para coordenar nossa entidade estudantil. O DCE
é a entidade máxima de representação dos e das estudantes da UFSC, deve ser
autônomo e independente em relação à reitoria, partidos e governos. Entendemos
que nossa tarefa na direção não é ditar a política a qual a comunidade
universitária deve se submeter, e sim, reforçar os instrumentos de base para
que possamos fazer do DCE um espaço de representação da vontade política dos e
das estudantes. Temos opinião sobre isso e decidimos não nos calar, por isso
apresentamos para os e as estudantes da UFSC nessa carta o programa político
que norteará nossas ações e a partir do qual queremos debater, construindo um
movimento estudantil autônomo, independente, de luta e consequente.
CONJUNTURA
“O povo novo quer
muito mais do que desfile pela paz”
Vivemos
um novo momento. A situação aberta pelas jornadas de junho e julho, no ano
passado, escancarou a insatisfação das pessoas. Milhões foram às ruas, barraram
o aumento das tarifas de ônibus e conquistaram a redução em algumas cidades. Em
voz alta, estavam as exigências de serviços públicos, gratuitos e de qualidade
– saúde, educação, transporte etc. Além do que, cada dia que passa, as
instituições herdadas da ditadura estão mais comprometidas em atender os
interesses da elite, e não do povo. A desconfiança no Congresso esteve presente
em muitos dos cartazes e o repúdio à corrupção só aumenta.
Nem
com a cobertura cheia de terceiras intenções que a mídia fez, conseguem
esconder: tudo mudou. Uma nova geração de juventude experimentou as ruas e está
disposta a levar as cobranças feitas nas jornadas até o fim.
A crise de representatividade é um dado objetivo, assim
como a certeza de que é preciso democratizar a informação e acabar com o
monopólio da mídia. Temos a certeza de que só a pressão popular pode garantir
mudanças efetivas.
Por uma Constituinte Exclusiva e Soberana
para fazer a Reforma Política
Em
sintonia com as manifestações de junho e julho, os movimentos sociais,
populares e algumas centrais sindicais apresentaram para a sociedade a proposta
do Plebiscito Popular pela Constituinte Exclusiva e Soberana. Mas o que isso significa? A ideia é
mobilizar milhões de pessoas em todo o país pressionando os agentes políticos
para que convoquem a eleição para uma Assembleia Constituinte. Ela tem que ser EXCLUSIVA
porque tocará exclusivamente no tema da reforma do sistema político, e porque
essas pessoas serão eleitas exclusivamente para essa função. Também tem que ser
SOBERANA porque será capaz de alterar as regras do “jogo” eleitoral uma vez que
quem fará as mudanças não estará submetido às regras atuais, como o
financiamento empresarial de campanhas.
Consideramos
que uma das principais tarefas da conjuntura atual é construir a luta pela
Constituinte, pois com ela será possível abrir caminho para as grandes
aspirações populares. Por isso vamos:
· Mobilizar um
comitê do Plebiscito na UFSC, chamando todas as entidades, movimentos e pessoas
interessadas;
· Realizar debates
e divulgação do Plebiscito Popular na Universidade;
·
Disponibilizar urnas de 1 à 7 de setembro
quando ocorrerá a votação em todo o país.
Democratização
das comunicações
Uma
sociedade verdadeiramente democrática deve garantir o direito à comunicação.
Incentivar as rádios comunitárias ao invés de criminalizá-las; universalizar a
banda larga no campo e na cidade; apoiar o software
livre; enfrentar a formação de grandes monopólios; e estabelecer o controle
público dos meios de comunicação de massa – garantindo o caráter público das
concessões de rádio e TV – são aspectos fundamentais para a consolidação da
democracia brasileira.
Direitos para o povo!
É preciso ampliar a cidadania e os direitos
sociais para a grande maioria da população. Trata-se de defender os serviços
públicos contra as privatizações e reestatizar tudo que foi privatizado. Por
isso, é fundamental avançar em políticas:
· De consolidação do
SUS público, estatal e gratuito;
· Que combatam o genocídio
da juventude negra nas periferias e incitem estudos da identidade e consciência
negras;
· Desmilitarização da
polícia Militar que extermina a juventude e reprime os movimentos sociais;
· Fortalecimento da
agricultura familiar e camponesa com a luta reforma agrária;
· Enfrentamento a
homofobia, machismo e racismo;
· Resgate a memória, a
verdade e a justiça por meio da punição dos torturadores, assassinos e
financiadores da ditadura;
· Redução da jornada de
trabalho sem redução de salários;
· Uma agenda que
discuta condições de trabalho e emprego para a juventude.
Defendemos
que o DCE se engaje nessas lutas gerais, pois além da representação estudantil,
e da defesa da universidade e da educação pública, gratuita e de qualidade, é
preciso atuar junto com diversos movimentos para pressionar por mudanças em
toda a sociedade.
MOVIMENTO ESTUDANTIL
“Olha menina,
O que gritar?”
O
Movimento Estudantil sempre foi porta-voz da força crítica e mudancista da
juventude brasileira. Esteve presente nas grandes lutas por direitos, em defesa
da soberania nacional e por democracia, como por exemplo na campanha “O Petróleo
é nosso!”, na derrubada da ditadura civil-militar, nas “Diretas Já!” e no “Fora
Collor”. Outras lutas foram igualmente importantes como aquelas que barraram a
ALCA (Acordo de Livre Comércio das Américas) e derrubaram o Provão.
Recentemente temos a defesa do Pré-sal e
a destinação de 10% do PIB para a Educação pública, e de um modo geral, em
todas as lutas por direitos e contra as opressões. O movimento estudantil esteve
presente não só participando, mas organizando e mobilizando a juventude pra
superar esse sistema desigual e opressor.
Não
é por acaso que setores conservadores e liberais nas universidades vêm
disputando entidades estudantis francamente ou em aliança, buscando cooptar
esses instrumentos de luta. Se antes a ditadura militar fechou CAs, grêmios, a
UNE e UEE, criando entidades “chapa branca” para calar as bocas das lideranças
estudantis, hoje, há um processo de despolitização das pautas. Através de
uma agenda que apenas mantenha a massa estudantil sob a influência de
determinados grupos de poder com vistas nas eleições para Reitoria, transformam
as entidades em clubes de festas ou trincheiras do pensamento conservador e
liberal, contrários a uma universidade que esteja a serviço dos interesses da
maioria da população, da soberania nacional e não de grandes corporações
privadas ou de grupos.
Para
nós, quando atacam as entidades de luta
querem, na verdade, atacar e retirar nossos direitos e frear nossa força para
garantir mais direitos. Por isso
defendemos não só o DCE, os Centros Acadêmicos e Grêmio do Colégio de Aplicação
da UFSC, mas também a União Catarinense de Estudantes (UCE) e a União Nacional
dos Estudantes (UNE). Somos contra o divisionismo, que enfraquecem a luta e
apenas servem para a autoconstrução de grupos auto referenciados como vanguarda
revolucionária, mas sem se dirigir às massas.
DCE da UFSC: Uma
avaliação necessária
“Já
me deu azia, me deu gastura essa políticara-dura! Dura, que rapadura!”
Queremos
avaliar o DCE da UFSC considerando não somente essa última gestão, mas outras
gestões também. Mesmo para quem chegou recentemente na universidade é possível
perceber que as gestões do DCE são alternadas entre quatro grupos políticos que
estão hoje nas outras três chapas concorrentes. A atual gestão do DCE, “Novos Rumos”, que, em parte, cumpriu o
mesmo papel da Gestão MUDE em 2006, passou
um ano inteiro se promovendo e construindo base para se manter no poder e não
tocou a luta dos estudantes. A única pauta que efetivamente se envolveu foi
o recurso à decisão do CFH de proibir Empresas Juniores naquele centro de
ensino, na contramão do que os próprios e as próprias estudantes decidiram. E
as creches para filhos e filhas de estudantes? E a luta por Moradia Estudantil?
E a defesa da paridade nos colegiados e da democracia na Universidade? O que vimos
foram levantes específicos de vários cursos e grupos que ou passaram por cima
ou levaram a reboque a direção do DCE, como a Odonto, o Cinema, a Libras, o
grupo de pais e mães, estudantes de Curitibanos e Joinville. Onde esteve a
direção do DCE nesse último ano?
A
gestão anterior (2012/13), na sua maioria, disputa hoje a entidade através da
chapa 1, e outra parte, dentro da chapa 2. Mas a verdade é que no passado já
estiveram todas juntas em várias combinações e ocasiões diferentes. Ficou
confuso? SIM, pois é confuso! Confuso e até inconsequente, porque chamam
unidade eleitoreira que não se materializa em cima de um programa político. Que
diferença tem essas políticas de alianças com o que vemos por aí na política
partidária? E olha que nem estamos falando das eleições para Reitoria, pois se
for ver, cada grupo desses defende um candidato e seu grupo na UFSC.
Outras
perguntas que devemos fazer: Por que o processo eleitoral do DCE é tão apertado
e corrido? Como é possível construir, ampliar e debater numa universidade que
tem 6 campi em 5 cidades diferentes e quase 30 mil alunos de cursos presenciais,
em apenas duas semanas? E os e as estudantes da Educação no Campo e Licenciatura
Indígena, como vão votar? Por que essas perguntas não foram feiras no CEB que
aprovou o regimento eleitoral?
É
simples. Como cada grupo já tem suas garrafinhas pra contar e seu interesse é
apenas no aparelho, eles não querem ampliar a discussão na entidade. É contra
essa política, contra essa forma de (des)organizar o ME da UFSC, com “brigas de
torcida” via facebook e em estâncias
de discussão, que não nos calaremos mais e convidamos vocês a gritar conosco: A
chapa 3 é a novidade, é o “povo novo” nesse processo. Não somos garrafinhas!
Calar a Boca, nunca mais!
Alguns gritos
· Convocar e
organizar o Congresso dos Estudantes da UFSC;
· Dar voz às
reivindicações dos e das estudantes dos novos campi. Achamos importante a
expansão, mas é nossa tarefa cobrar que ela aconteça com qualidade;
· Implementar uma
ouvidoria do DCE para identificar as necessidades dos e das estudantes. E a
partir disto, travar um intenso debate com a reitoria sobre estas demandas,
sobretudo, acerca do RU, bibliotecas, dentre outros;
· Por CEBs (Conselho de
Entidades de Base) regulares, não somente convocados burocraticamente, mas
mobilizados para a realização dos debates e deliberações necessárias à luta!
· Recepção de novos/as
universitários/as em todos os campi sem racismo, machismo e homofobia. Queremos
integrar sem excluir ninguém;
· Recursos públicos
somente para educação pública;
· Não concordamos que a
nossa formação seja guiada por interesses empresariais, desvalorizando o
profissional que já esta no mercado de trabalho, oferecendo mão-de-obra barata
ou gratuita pra quem lucra com nosso suor. Por isso queremos discutir
criticamente a função pedagógica das empresas juniores em nossa formação e
construir alternativas que integrem a formação com o fazer de cada profissão;
· Contra EBSERH (Empresa
Brasileira de Serviços Hospitalares), pois ela não resolve os problemas dos HUs
e contribui para a precarização do trabalho. Não queremos as fundações,
queremos mais concursos via regime jurídico único.
ASSISTÊNCIA E
PERMANÊNCIA ESTUDANTIL
“Mas quero muito mais”
Estamos
lutando por uma Universidade autônoma a serviço da soberania nacional e dos
interesses da maioria da população, que não se feche em muros e portões pra
comunidade. Por isso consideramos importante debater as mudanças que estão
ocorrendo na universidade e na sociedade.
Mesmo
tendo nos últimos anos ampliado consideravelmente o acesso às Universidades
Federais ainda temos uma demanda muito maior que a oferta no que concerne a
permanência destes e destas estudantes nas Instituições de Ensino Superior.
Dessa forma, apontamos a assistência estudantil como pauta central de nossa
chapa e para o conjunto do Movimento Estudantil.
Propomos:
· Ampliação do
RU na trindade, com direito a café da manhã para todos/as. Chega de filas!
· Reversão da
terceirização do restaurante no CCA;
· Construção
de RUs em todos os campi, sem terceirização.
· Ampliação do
número de bolsas, sem a definição de teto para o acúmulo de bolsas;
· Queremos política
de creches! Não dá pra aceitar evasão de estudantes que não têm onde colocar os
filhos e filhas; Defendemos ampliação do auxílio-creche (com valor justo às
creches da região) como uma medida imediata;
· Mais moradia
estudantil! Numa universidade de 30.000 estudantes é inaceitável que haja
apenas 157 vagas na moradia. Queremos a ampliação, um planejamento de
construção com prazos e medidas que supram a demanda desde agora, bem como,
mais auxílio moradia e que leve também em consideração o valor do aluguel na
região;
· Fiscalização
intransigente da Bolsa Estudo e Permanência, não permitindo que estudantes
sejam pressionados/as a trabalhar. Bolsa é pra estudar!
· Queremos
mais livros na BU, criação ou ampliação das bibliotecas setoriais. Haja
dinheiro pra tanto xerox!
CONSELHOS
SUPERIORES
A
administração da Universidade está submetida aos seguintes conselhos de caráter
construtivo e deliberativos:
CUN (Conselho Universitário)
– Onde se debate os principais rumos da
Universidade, adesão a políticas do MEC e a outros programas. É a instância
máxima da UFSC.
Conselho dos Curadores – Onde se debate, sobretudo as questões
orçamentárias da Universidade.
Câmaras de Pesquisa, Ensino
e Extensão – Onde se debate e define
todas as questões relativas ao Ensino, Pesquisa e Extensão, por exemplo: são
nesses espaços onde se discute o jubilamento dos/as alunos/as. É a última
instância para recursos administrativos em relação a notas, é onde se aprova o
plano político pedagógico dos cursos, entre outros.
Os
órgãos colegiados superiores da universidade e dos centros de ensino são
compostos por 70% de docentes e a representação dos demais segmentos é pequena,
dividem os 30% restantes, ficando apenas 6 (seis) estudantes e 6 (seis)
técnico-administrativos em Educação e 6 (seis) representantes da comunidade
externa. Não concordamos com essa diferenciação e vamos lutar para que seja
implementada a paridade entre os segmentos nos conselhos superiores,
professores, técnicos e estudantes devem ter o mesmo peso na definição da
política universitária. Além disso, há uma representação da comunidade externa,
mas que privilegia associações e entidades dos empresários e empresas privadas.
É muito importante que a comunidade externa esteja representada no CUn, mas
queremos um debate amplo sobre quais entidades devem ter assento e também a
forma de escolha de seus representantes.
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